Wolbachia como alternativa no controle biológico de insetos vetores: com ênfase nas famílias Culicidae e Psychodidae (Diptera)

Os chamados vetores, na maioria das vezes hematófagos, são capazes de transmitir patógenos entre humanos, ou entre humanos e animais. Entre os principais insetos vetores de doenças estão os do gênero Anopheles (malária), Aedes (dengue, zika e chikungunya), e Lutzomyia (leishmaniose). Devido às condições climáticas nos trópicos e o aumento da mobilidade humana, a população destes insetos tem aumentado, e desta forma se distribuído ao longo do globo. Tal expansão tem elevado o número de casos de doenças, bem como a atenção da comunidade científica em busca de diferentes possibilidades de controle. Entre os métodos de controle mais implantados estão: mecânico, químico, de manipulação genética, proteção pessoal e de ações educativas. Wolbachia pipientis é uma bactéria pleomórfica intracelular obrigatória encontrada nos tecidos reprodutivos de 65% dos artrópodes, sendo recentemente identificada em espécimes vetores da Leishmaniose visceral no Brasil, a Lutzomyia. Tal bactéria é capaz de causar alterações no seu hospedeiro, reduzindo significativamente a longevidade dos vetores infectados e com isso diminuindo a possibilidade de transmissão de alguns vírus e parasitos, como acontece com o Aedes aegypti. A leishmaniose visceral, uma doença zoonótica causada pela Leishmania infantum, é considerada um importante problema de saúde pública no mundo, sendo transmitida através da picada de fêmeas de insetos flebotomíneos, Lutzomyia longipalpis. O objetivo desta revisão é identificar as formas de controle vetorial que vem sendo exploradas pelos pesquisadores e explanar a possibilidade de uso da bactéria Wolbachia que pode gerar novas estratégias de controle de doenças causadas por Lutzomyia longipalpis. 

Semestre: 
Autor: 
Amanda Andrade do Rosário
Arquivo: 
AnexoTamanho
PDF icon tcc_2019_-_amanda_rosario.pdf1.46 MB