Leptospirose é uma doença causada por espiroquetas patogênicas do gênero Leptospira. Essa zoonose tem importância global e afeta cerca de 1.000.000 de pessoas no mundo, anualmente. Leptospiras possuem a capacidade de formar biofilmes in vitro, em rins de ratos naturalmente infectados e também participam de biofilmes ambientais mistos. Biofilmes são comunidades de microrganismos embebidos em uma matriz de substâncias poliméricas extracelulares por eles secretadas. Durante a formação desse fenótipo há modificação da expressão gênica e do metabolismo, alterando a concentração, tamanho e crescimento celular no biofilme. Até o momento não existem estudos caracterizando o crescimento de leptospiras no biofilme. Nesse trabalho, foi utilizada a espécie Leptospira biflexa como organismo modelo para caracterizar o crescimento de leptospiras no biofilme e no estado planctônico. Leptospiras foram cultivadas em tubos de vidro, para a formação de biofilme, e em tubos de plástico, para obtenção de células planctônicas. As culturas em tubo de vidro foram feitas em duas condições: com e sem troca do meio de cultura. O crescimento de leptospiras foi diferente entre os fenótipos, sendo 10 vezes menor no biofilme, com tempo de geração igual entre eles. O tamanho celular de leptospiras no biofilme foi maior na fase estacionária, em comparação com as células planctônicas. Quanto ao biofilme na condição de troca de meio, não foram observadas diferenças no crescimento, tempo de geração e tamanho celular. Coletivamente, os resultados sugerem que o metabolismo de leptospiras é diferente no biofilme, cujo crescimento é menor e com maior tamanho celular em comparação com o estado planctônico
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