INTELIGÊNCIA GERAL OU ESPECIALIZADA? UMA ANÁLISE DAS HABILIDADES DO CANTO E FORRAGEIO EM MANONS (Lonchura striata var. domestica)

A mente ou cognição é responsável pela operacionalidade de diferentes funções cognitivas como percepção, aprendizagem, memória e tomada de decisão. Há duas hipóteses conflitantes acerca do modelo operacional da mente. A da inteligência modularizada e a da inteligência geral. No presente trabalho, buscamos investigá-las ao avaliarmos habilidades cognitivas de duas áreas distintas em manons. Assim, testamos o desempenho cognitivo das aves nos contextos de forrageio e do canto. Se a hipótese da inteligência geral for aceita, os desempenhos dos indivíduos em diferentes habilidades cognitivas se correlacionariam por serem operadas por um único processador central, enquanto que se houvesse uma inteligência especializada, habilidades distintas não estariam correlacionadas pois seriam operadas por módulos especializados e independentes. Em uma das habilidades, testamos o desempenho cognitivo dos manons em resolver tarefas novas de obtenção do alimento (inovação) e de associação correcompensa. Na outra, avaliamos o nível de complexidade e a capacidade individual de alterar a frequência do canto em resposta a mudança do ruído ambiente. Nossos resultados mostram que não há uma relação entre as habilidades de canto e forrageio em manons, o que nos faz aceitar a hipótese da modularidade. Apesar dos nossos resultados não mostrarem uma relação entre as habilidades testadas, mais análises de outros aspectos do canto e outros testes cognitivos são necessários para um diagnóstico mais preciso sobre a existência de uma modularização em aves e em outros animais.

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Autor: 
SASKIA ECKERLI
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