Frequência de Sífilis materna na Triagem Pré-Natal em Papel de Filtro no período de 2013 a 2017 nas macrorregiões Sul e Sudoeste da Bahia

A sífilis é uma doença infectocontagiosa causada pelo Treponema pallidum, uma bactéria do grupo das espiroquetas exclusiva do ser humano. Pode ser transmitida por via sexual ou vertical, através da placenta da mãe para o feto, caracterizando-se como a forma congênita da doença. A transmissão da sífilis da mãe para o filho, durante a gestação ou no momento do parto, é responsável pelo aumento da morbimortalidade do binômio mãe-filho e constitui um importante problema de saúde pública no Brasil. O Programa de Triagem Pré-Natal em Papel de Filtro da Rede Cegonha (TPN) do Laboratório de Imunologia do Instituto de Ciências da Saúde (LABIMUNO/ICS/UFBA) foi implementado em 2013 visando a triagem de oito patologias, dentre elas a sífilis, utilizando a técnica de papel de filtro. Este trabalho tem como objetivo central, descrever e analisar as frequências de detecção precoce das infecções por sífilis, triadas no âmbito do programa TPN entre os anos de 2013 a 2017, nas macrorregiões Sul e Sudoeste da Bahia. Trata-se de um estudo descritivo com coleta de dados do período referido. Os dados foram cedidos pelo núcleo do sistema de processamento de dados do LABIMUNO/ICS/UFBA. Foram incluídas 151.247 gestantes, sendo 69.475 da macrorregião Sul e 81.772 da macrorregião Sudoeste, totalizando 151.387 exames de triagem para sífilis, sendo 69.545 para a macrorregião Sul e 81.842 para a macrorregião Sudoeste. Todas as gestantes realizaram a primeira coleta com apenas 16,78 % realizando a segunda coleta na macrorregião sul e 25,37% na macrorregião Sudoeste. Os resultados dos exames de triagem para a macrorregião Sudoeste, mostraram taxas de positividade de 1,2% no segundo semestre de 2013, 1,09% em 2014, 1,35% em 2015, 1,43% em 2016 e 0,26% no primeiro semestre de 2017. A macrorregião Sul registrou no mesmo período, 2,74% de positividade no segundo semestre de 2013, 2,7% no ano de 2014, 2,74 em 2015, 2,96% em 2016 e no primeiro semestre de 2017 apresentou 0,61%. A taxa de detecção de sífilis em gestantes nos anos de 2014 a 2016, foi de 9,7 casos a cada mil nascidos vivos na macrorregião Sudoeste no ano de 2014, 14,36 no ano de 2015 e 14,33 em 2016. Na macrorregião Sul os valores foram de 19,2 casos por mil nascidos vivos em 2014, 25,16 em 2015 e em 2016 a taxa foi de 25,20 casos por mil nascidos vivos.   

Semestre: 
Autor: 
Isaac Costa D’Ávila
Arquivo: 
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